Quando comecei a estudar Administração para provas de concursos eu achava que seria tranqüilo, pois sou formado em Administação pela formado pela UnB.
Como a maioria dos concursos para Brasília são realizados pelo Cespe – órgão da UnB –, achei que seria moleza, porque são os professores UnB que elaboram as provas para o Cespe.
Grande engano! Para minha surpresa, deparei-me com assuntos estranhos dos quais não tinha idéia do que era, ou pior, o que eu tinha estudado na graduação errava em provas.
Onde estava o erro?
Primeiro, culpei a mim mesmo. Nunca fui um aluno exemplar e não gostava muito do meu curso. Só estudava para as matérias que queria. As que eu não gostava, empurrava com a barriga.
Depois, analisando com mais calma, fiquei surpreso ao perceber que inclusive as matérias que eu gostava e tinha estudado muito estavam desalinhadas com o que era cobrado em provas.
Parecia que eu não tinha estudado na UnB ou pior que aquilo que eu tinha estudado não era suficiente.
Segundo, eu estranhava a linguagem usada nos editais e na prova. Não via muita referência às escolas de administração e ao que eu havia estudado.
Cobravam assuntos estudados de forma pontual – superficialmente – ou que eram discutidos de maneira muito teórica e abstrata.
Nessa situação desagradável descobri algumas coisas.
Estudar para concurso é absurdamente diferente do estudo da graduação. A abordagem utilizada nas provas é diferente da usada em um curso de graduação. Senti como se eu nunca tivesse estudado Administração na vida, mas na verdade eu não tinha estudado Administração para Concursos.
Explico melhor a questão da abordagem. Na Universidade, faculdade e até em cursinhos preparatórios para concurso, utiliza-se muito a visão Histórica da administração, que passa pelas escolas da administração da Clássica até a Contingencial geralmente.
Há, porém, outra ótica O Estudo da administração sob o ponto de vista dos processos que envolvem a administração – Planejamento, Organização, Direção (ou Liderança) e Controle.
Essa última abordagem é a que encontraremos em provas de concursos principalmente.
Então não cai a abordagem histórica?
Não é bem assim, em alguns concursos, cobram as escolas da administração sob o ponto de vista histórico, mas é exceção.
O que ocorre é que há algumas escolas são muito cobradas, o maior exemplo é a abordagem sistêmica, e no resto da prova, avaliam-se a visão de processos a qual está diluída em toda a evolução da Administração.
O ponto principal é que…
Estudar para concursos com uma referência bibliográfica equivocada gera muito stress e frustração, assim como assistir a aulas baseadas nessas bibliografias.
Há pessoas que ainda não perceberam essa diferença e naturalmente se confundem ao tentar transpor esses assuntos diluídos em escolas da Administração para o estudo dos processos Administrativos.
Onde você quer chegar com isso?
Meu conselho é, antes de estudar Administração para concursos, tenha o seguinte em mente:
- Estudar para concurso é muito diferente de estudar para uma prova de graduação.
- Mesmo que você seja um bacharel em administração, ou além, seja mestre, doutor ou pós-doutor em Administração estudar para concurso é como começar tudo novamente, ou pior seu conhecimento agregado pode atrapalhá-lo.
- Busque conhecimento na fonte certa, Estude por livros ou com professores que sigam a abordagem por processos Administrativos – Planejamento, Direção, Organização e Controle, esse livros geralmente usam o título “Administração” e não “Teoria Geral de Administração”.
- Inverta seu processo de estudos, comece conhecendo a prova que você vai encontrar e depois busque o conhecimento ou a dissonância do seu conhecimento com o que é cobrado na prova.
Por ultimo mas não menos imporante:
Não indico autodidatismo para concursos, mas se você quer uma referência bibliográfica de Administração para concursos de uma olhada nesse livro:
“Administração nos novos tempos” do Autor Idalberto Chiavenato.